Publicado em 08/06/2020 17:49
Por Lanume Weiss
Os treinos coletivos da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú (FMEBC) permanecem suspensos. A técnica e paratleta da FMEBC, Gévelyn Almeida, precisou usar da imaginação para adaptar os treinos on-line, que têm trazido bons resultados.
Os paratletas têm utilizado o WhatsApp, plataformas de chamada de vídeo, aplicativos de treinos e até de anatomia para superar as limitações e prosseguir com os treinos em casa. "A internet tem sido uma aliada e utilizo de vídeos de alongamentos e exercícios para passar as atividades. Cada paratleta teve uma aula de anatomia para explicar sobre a deficiência de cada um e quais seguimentos corporais são importantes trabalhar", explica Gevelyn.
Neste momento, cada objeto em casa ganha uma função. Os pesos são substituídos por quilo de alimento ou garrafas pet com areia. Os móveis podem ter multifuncionalidade e ajudar nos exercícios. As aulas iniciam com o aquecimento, alongamento visando cada particularidade de cada paratleta, depois vem o desenvolvimento e a finalização. "Trabalhamos a mobilidade articular e a prevenção de lesões, adaptando a condição deles e focando na evolução", conta a técnica.
Adaptação e motivação
O paratleta Arthur Cauê Teixeira iniciou no paradesporto durante os treinos a distância e em pouco tempo teve uma grande evolução e, assim que voltar as aulas presenciais, será incluído no time de Handebol de Cadeira de Rodas (HCR). "Os treinamentos têm sido essenciais para manter o equilíbrio físico e emocional do Arthur, contribuindo para organização, disciplina e a saúde", comenta a mãe do paratleta, Thais Teixeira.
O que motiva a paratleta Lenir Maciel, que pratica há 10 anos nas modalidades de Paratletismo e Natação Paralímpica, é a melhora da qualidade de vida que o esporte proporciona. Estar saudável também é o essencial para a paratleta de HCR, Susana da Silva. "Todo atleta precisa estar em forma, porque a falta de atividade física, por exemplo, pode enfraquecer um ombro e na hora do cadeirante fazer transferências com a cadeira de rodas, pode causar uma lesão que o impedirá de treinar", explica Susana.
O Sandro Ribeiro, do Paratletismo, tem se adaptado bem aos treinos on-line, pois mantém em casa uma academia com todos os equipamentos de treino necessários. Sempre praticou esportes e, depois da lesão que sofreu em 1998, não desistiu e continuou no paradesporto com mais garra.
O Ezequiel da Luz Geraldo está mais que motivado após receber a notícia que integrará a Seleção Brasileira de HCR. "Não vejo a hora de voltar aos treinos presenciais e poder competir novamente. Agradeço de coração toda equipe da FMEBC e do Instituto Catarinense de Esporte para Deficientes (ICED) que tem me proporcionado muitas oportunidades dentro da esporte e me incentivado cada vez mais", finaliza Ezequiel.
Créditos: FMEBC